Por uma cultura de paz e não violência

 


Cara leitora e prezado leitor,

“Como se constrói a paz?” 

Quem vai nos ajudar a responder essa questão é o escritor César Obeid.  Ele diz que a resolução de conflitos mundiais e a busca por formas mais pacíficas de convivência em sociedade não são alvos distantes ou esperanças futuras, mas que podemos ser semeadores da paz aqui e agora mudando pensamentos e atitudes que vêm de dentro da gente: é falando de paz no conflito, no meio ambiente, na sociedade, na propaganda e também daquela paz tão necessária no nosso interior. As dicas do César estão no Almanaque da Paz (Editora Moderna, 2018) e deixamos aqui algumas ideias apresentadas pelo próprio autor para você se engajar na promoção da cultura de paz e não violência em seu dia a dia.

Abrindo o Almanaque

“Você já deve ter reparado que nas festas familiares de final de ano as pessoas desejam umas às outras saúde, felicidade, prosperidade e paz, certo?  Eu percebo que a palavra “paz” é aquela pronunciada com mais ênfase, como se fosse a mais importante.

E eu acho que é.  Sem paz não dá para ser feliz.

Mas você conseque definir o que é a paz?  Dois grupos que estão em guerra entre si terão a mesma compreensão do que vem a ser paz?

Durante anos, imaginei que a definição para paz fosse a ausência de guerras.  Mas após estudar esse recente movimento chamado cultura de paz  compreendi que não há necessidade de os conflitos acabarem para que a paz se faça presente.

Trabalhar com a cultura de paz é muito mais do que querer dar fim aos combates, é uma oportunidade única para pensarmos na resolução pacífica dos conflitos.  Não preciso agir, pensar, comer ou até mesmo rezar como você para que possamos conviver em harmonia, certo?

Gosto muito da palavra ahimsa, que vem da língua sânscrita e significa não violência – ela pode servir tanto para pensarmos no cuidado que temos com as outras pessoas, conosco, como no cuidado com o planeta ou com os animais.

Não faltam motivos para trabalharmos a não violência, principalmente nos dias de hoje, quando há o aumento da criminalidade, quando ainda existe indiferença à miséria humana e quando a violência banalizada na indústria do entretenimento aumenta a cada dia. 

É nesse momento de tanta “sombra” que devemos nos unir em prol da paz.  No entanto, muito mais do que falar em cultura de paz é preciso vivenciá-la dentro da gente, pois, como disse Mahatma Gandhi, pacifista indiano (1869-1948), “devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”.

Com a consciência de que a paz não é apenas um fenômeno social e, sim, pessoal, que precisa ser vivido e não somente ensinado, criei este Almanaque da paz com poemas, contos populares, relatos pessoais, curiosidades e informações importantes para que possamos, juntos, pensar a paz.”   

César Obeid



Paz e boas leituras!

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